28, 29 and 30 May 2025 – Universidade Nova de Lisboa, ICNOVA-FCSH-UNL, Lisbon.
This conference is hosted by the Communication Institute of Universidade Nova, FCSH.
It will have a double-blind peer review and publication of selected papers for RCL [Revista de Comunicação e Linguagens].
The arts and artistic practices create specific modes and mediations that involve variations in attention. They perform a “tuning [of] the attention” if we are to use Lisa Nelson’s formulation in Tuning Scores (2003), which generates cadences, movements and intensities between different types of focus of fluctuating, and varyingly disinterested or distracted attention. Attention is always in movement, and according to Paul Ricoeur, it is always more or less at the service of a desire, an intention, a task, a need or a volition.
The study of variations in attention in the arts, notably performance and cinema, is also linked to how we see the world and choose what we want to show. Sensitivity is refined to give visibility to something confused with the landscape, highlighting it or co-composing with it. When we choose a cutout, a framework for what we are going to share, we create a surplus—everything we choose not to show—and a margin—which is within the cutout of what is shown but is not reinforced as “the most relevant.”
These choices also reveal some common ground between art and politics—the choice between what is considered relevant to be seen and made visible and what is left out of the attention with resulting implications. What we do not see (or hear, or smell) of the figure/background, such as context and focus, movement, drag, or blur, is very broad and requires a great deal of “attention training” to play, describe, and live in the arts, sciences, and ordinary everyday life.
On the other hand, the word “cadence” has a procedural and dynamic dimension that relates not only to modulations and rhythms but also to falls. “Cadere,” the word behind “cadence,” contains the idea of falling. Falling in or out of a specific type of attention, a curiosity, a passion, or floating in attention through falls, as happens in surfing or Contact Improvisation, perfectly describes the way we live in constant “improvisation.”
For the conference Cadences: Attentional Moves in the Arts and Everyday Life, we invite talks with and about modes and “echologies” of attention—thinking of the “echo” of sound resonance—and the ecology of relationships as an intricate web of inter-affections. We invite reflections on framings, postures, positions and positionalities. We invite reflections on affection and care, craftsmanship and hospitality.
- What words, tools, movements, and cadences do we use to practice attention?
- What subjectivities and communities are generated from certain practices of attention? What is left out of focus?
- When we say “focus,” do we put ourselves in the place of a lens that focuses, as in the case of photography and cinema?
We accept proposals on attentional moves linked to the arts and everyday life. We invite scholars, researchers, artists, and curators to submit proposals for a 20-minute in-person presentation in English, or Portuguese.
Suggested topics (may include but are not limited to)
- -Technogenetic attention.
- -Tuning of attention.
- -Movements of attention.
- -Attention mediation.
- -Attention capture and attention deficit.
- -Arts.
- – Crafts, handicrafts and workshops.
- – Performance studies.
- – Performance and cognition.
- – Dramaturgies of attention.
- – Attention, affection and care.
- – Transindividual attention and community.
- – Performativity of attention.
- – Queer studies.
- – Gender and Feminist studies.
- – Black studies and Race studies.
- – Disability studies.
Keynote speakers: Yves Citton (Université Paris 8 Vincennes-Saint Denis), Bojana Cvejic (Oslo National Academy of Arts)/Jonathan Burrows (Centre for Dance Research Coventry University), Carla Fernandes (ICNOVA, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa)
Submission guidelines
The proposals should include:
Title of the proposal; Author’s identification (name, institutional affiliation, country and e-mail); Conference topics and 3 to 5 keywords. Extended abstract (300 – 500 words), 1 or 2 images (optional), References (3 to 5), Short bio (150 words max).
Proposals must be sent in PDF format by e-mail to: cadencesattentionalmoves@gmail.com
Conference website: http://cadencesattentionalmoves.fcsh.unl.pt
Texts and presentations must be delivered in English or Portuguese.
Selection process
Proposals can be submitted until 24 January 2025.
Proposals are assessed by double-blind peer review.
The note of acceptance will be sent by 24 February 2025.
Deadline for registration: 24 March.
A selection of conference papers will be included in RCL [Revista de Comunicação e Linguagens], to be published in 2026 by the Institute of Communication of Nova, School of Social Sciences and Humanities, Universidade NOVA de Lisboa.
Further instructions for publication of the complete papers will be sent directly to the selected authors.
—– PT
Conferência Internacional «Cadências: Movimentos da Atenção nas Artes e Quotidiano».
Dias 28, 29 e 30 de Maio de 2025 – Universidade Nova de Lisboa, ICNOVA-FCSH-UNL, Lisboa.
Esta conferência é acolhida pela Instituto de Comunicação da Universidade Nova, FCSH.
Terá dupla revisão cega por pares e publicação de artigos seleccionados para a RCL [Revista de Comunicação e Linguagens]
As artes e as práticas artísticas criam modos e mediações específicos que comportam variações da atenção. São “afinações da atenção”, se quisermos usar a formulação de Lisa Nelson em Tuning Scores (2003), que geram cadências, movimentos e intensidades entre diferentes tipos de foco, mais ou menos flutuantes, de atenção mais ou menos desinteressada, ou distraída. A atenção está sempre em movimento e, segundo Paul Ricouer, está sempre, mais ou menos, ao serviço de um desejo, de uma intenção, de uma tarefa, de uma necessidade, de uma volição.
O estudo das variações da atenção nas artes, incluindo performance, e cinema, está também ligado ao modo como vemos o mundo e escolhemos o que queremos mostrar. A sensibilidade afina-se para poder dar visibilidade a algo que se confundia com a paisagem, destacando-o, ou co-compondo com tal.
Quando escolhemos um recorte, um enquadramento para aquilo que vamos partilhar, criamos um excedente – tudo aquilo que escolhemos não mostrar -, e uma margem – que está dentro do recorte do que é mostrado, mas não é reforçado como “o mais relevante”.
É nestas escolhas que podemos observar, também, alguns modos comuns entre arte e política – a escolha entre aquilo que se considera relevante ver e dar a ver, e aquilo que é deixado de fora da atenção com suas consequentes implicações.
Aquilo que não vemos (ou ouvimos, ou cheiramos) da figura/fundo, contexto e foco, movimento, arrastamento ou borrão é muito amplo e demanda uma grande “musculação da atenção” para que seja possível jogar, descrever, viver, nas artes, nas ciências, e nos quotidianos comuns.
A palavra “cadências” por seu lado comporta uma dimensão processual e dinâmica que não se relaciona apenas como modulações e ritmos, mas também com quedas. “Cadere”, palavra que está na origem de “cadência”, contém a ideia de queda.
Cair dentro ou fora de um determinado tipo da atenção, de uma curiosidade, de uma paixão; ou flutuar na atenção por meio de quedas, como acontece no surf, ou no Contact Improvisation, descreve bem o modo como vivemos em constante “improvisação”.
Para a conferência, Cadências: Movimentos da Atenção nas Artes e Quotidiano, convidamos a apresentação de discursos com e sobre modos e ecologias da atenção — pensando no “eco” da ressonância sonora —, e na ecologia das relações como teia intrincada de inter-afectações. Convidamos reflexões sobre enquadramentos, posturas, posições e posicionalidades. Convidamos reflexões sobre afectos e cuidados, artesanias e hospitalidades.
Que palavras, que ferramentas, que movimentos, que cadências usamos para praticar a atenção?
Que subjectividades e que comunidades se geram a partir de determinadas práticas de atenção?
O que é deixado fora do foco?
Quando dizemos “foco”, colocamo-nos no lugar de uma lente que foca? Como no caso da fotografia e do cinema, em termos literais.
Aceitamos propostas sobre movimentos da atenção ligados às artes e à vida quotidiana. Convidamos académicos, investigadores, artistas e curadores a submeter propostas para uma apresentação presencial de 20 minutos em inglês ou português.
Os temas sugeridos (podem incluir, mas não estão limitados a)
- -Atenção tecnogenética.
- -Afinação da atenção.
- -Movimentos da atenção.
- -Mediação da atenção.
- -Roubo da atenção e défice de atenção.
- -Artes.
- – Artesanatos, artesanias e oficinas.
- – Estudos de performance.
- – Performance e cognição.
- – Dramaturgias da atenção.
- – Atenção, afecto e cuidado.
- – Atenção transindividual e comunidade.
- – Performatividade da atenção.
- – Estudos queer.
- – Estudos de género e feministas.
- – Estudos negros e estudos raciais.
- – Estudos sobre a deficiência.
Oradores convidados: Yves Citton (Université Paris 8 Vincennes-Saint Denis), Bojana Cvejic (Oslo National Academy of Arts) /Jonathan Burrows (Centre for Dance Research Coventry University), Carla Fernandes (ICNOVA, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa)
Directrizes para a apresentação de propostas
As propostas devem incluir:
Título da proposta; Identificação do autor (nome, filiação institucional, país e correio eletrónico); Temas da conferência e 3 a 5 palavras-chave. Resumo alargado (300 – 500 palavras), 1 ou 2 imagens (opcional), Referências (3 a 5), Breve biografia (150 palavras no máximo).
E devem ser enviadas em formato PDF por correio eletrónico para: cadencesattentionalmoves@gmail.com
Sítio online: http://cadencesattentionalmoves.fcsh.unl.pt
Os textos e as apresentações devem ser entregues em inglês ou português.
Processo de selecção
As propostas podem ser apresentadas até 24 de janeiro de 2025
As propostas são avaliadas por pares através de dupla revisão cega
A nota de aceitação será enviada até 24 de fevereiro de 2025.
Data-limite de inscrição: 24 de março.
Uma seleção das comunicações da conferência será incluída na RCL [Revista de Comunicação e Linguagens], a publicar em 2026 pelo Instituto de Comunicação da Nova, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboa.
As instruções para a publicação dos artigos completos serão enviadas diretamente aos autores selecionados.