A longa metragem “Noites Claras” de Paulo Filipe Monteiro, investigador no ICNOVA e professor da NOVA FCSH, estreia esta semana em Portugal. Produzido pela Ukbar Filmes, tem antestreia no Cinema São Jorge, em Lisboa, a 29 de janeiro, e estreia oficial a 30 de janeiro, estando em exibição nas salas de cinema NOS em todo o país.

Sinopse

Lídia não sabe o que fazer com a nova vida que cresce dentro de si. Lauro, por sua vez, compreende o que o corpo e a alma lhe pedem, mas reconhece que não é fácil aceitar essa verdade, nem partilhá-la com os outros. Todas as famílias interagem à sua maneira. Cada uma, à sua forma, faz felizes ou infelizes os que a ela pertencem. Mesmo que pouco se vejam, como o caso destes irmãos afastados que mal se viram ao longo dos anos. Contudo, os problemas que enfrentam acabam por uni-los, dando-lhes a coragem necessária para reinventarem as suas vidas.

S

Notas do Realizador:

É um filme centrado nas personagens e nos actores, mas também na sua relação com os espaços (como já Paulo Rocha pedia). Quis filmar uma outra Lisboa, arquitecturas contemporâneas desafiantes, de que tanto gosto.

Noites Claras decorre todo sob o signo do paradoxo, desde logo por essa situação de afundamento da mãe perante uma nova vida que irrompe, saudável, do seu corpo. Mas também porque trabalha sobre diferentes registos, o melodrama, a quase tragédia, a comédia subtil.

Vive de pequenas tensões, emoções, subtilezas, ironias, empatias. Há uma fluidez que é alimentada pela dança das personagens em várias cenas e da câmara quase sempre, de modo que aos prazeres habituais do cinema junta-se o júbilo de ver os corpos ultrapassarem os seus limites habituais. Uma quinta paixão, já mais do que platónica, a desenvolver no futuro.

– Paulo Filipe Monteiro

Sobre o realizador:

Paulo Filipe Monteiro tem uma longa carreira no teatro e no cinema. Fez a dramaturgia e encenação de 16 espectáculos de teatro e música, e como ator soma, mais de 50 séries e filmes.

É professor de drama, cinema e ficção na Universidade Nova de Lisboa, onde em 1995 se doutorou com uma investigação sobre o cinema português. Tem vindo a interessar-se cada vez mais pela dança e pelo movimento dos corpos, trazendo essas referências para o grande ecrã.

Escreveu 8 longas-metragens e a série de televisão A Viúva do Enforcado. Em 2010 realizou o filme de 25 minutos Amor Cego; estreou em 2017 a sua primeira longa-metragem, Zeus, que obteve mais de uma dezena de prémios nacionais e internacionais; e em 2020 a curta-metragem Pas de Quoi, que ganhou o prémio do público de Melhor Filme no festival Inshadow, foi semi-
finalista no Dance Camera West, Los Angeles, além de outros festivais em Portugal, EUA e México.

Mais detalhes sobre o filme:

O filme aborda temas como a depressão pós-parto, suicídio e a descoberta da sexualidade. A depressão pós-parto (DPP) afecta 20 a 25% das mulheres que são mães (e na versão mais curta chamada baby blues chega aos 80%). No entanto, pouco se fala dela: é um estigma muito forte, as mulheres sofrem em silêncio, porque é suposto as mães viverem felizes a maternidade. Segundo especialistas, essas experiências avassaladoras podem ser traumáticas mas também, quando trabalhadas na realidade ou na ficção, podem ser profundamente transformadoras.

Trailer: https://vimeo.com/1027301107
Site: https://theopenreel.com/film/clear-nights/

Texto: Release Divulgação Ukbar Filmes.

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