Claúdia Madeira, investigadora no ICNOVA, membro do Grupo de Investigação Performance e Cognição, assina a dramaturgia da nova peça do Teatro da Garagem.
Confira o release abaixo.
FAUSTO Não perca a 113ª criação do Teatro da Garagem, Fausto, nos dias 28, 28, 30 de novembro e no dia 1 de dezembro. Quinta-feira às 19h30, sexta-feira e sábado, às 21h e no domingo às 16h30, no Teatro Taborda. Fausto: o progresso que nos explode nas mãos Sinopse de Carlos J. Pessoa Johann Wolfgang Von Goethe trabalhou 60 anos da sua vida na obra Fausto. O que é que leva uma pessoa a dedicar 60 anos da sua vida a uma tarefa? Que queria Goethe com este projecto desmesurado? Salvar a humanidade do seu destino inexorável, trágico, fatídico; repleto de interjeições, mistérios, sobressaltos? Que absoluto busca Goethe? Que podemos aprender com ele? Muita coisa: o deslumbramento do mundo, da sua multiplicidade, da sua riqueza; de macro a micro e vice-versa; da inelutável fertilidade que contrapõe ao fim o início, como se a morte estivesse colada à acção e ao desejo; como se (re)nascêssemos dessa guerra de Tróia revisitada: matar o adversário é possuí-lo , é amá-lo e conhecê-lo, é comê-lo para o homenagear e para garantir a posse das suas qualidades. Viveremos sempre da aniquilação, subjugação, colonização de um outro? É uma ideia insuportável e ainda assim, continuamos; Goethe continuaria mais 60 anos se o pudesse. E por fim, a revelação. A de não restar outra possibilidade que a do progresso nos explodir nas mãos, como dispositivos armadilhados: pagers, telemóveis, walkie-talkies, painéis solares; crashes vários, num complô de explosões simultâneas, que nos reduz à ínfima condição de gente nua e assustada, tal e qual a serie televisiva de grande sucesso, só que sem espectadores, nem cenário exótico, já que estamos todos nus e assustados. FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA Texto: Johann Wolfgang Von Goethe Encenação: Carlos J. Pessoa Dramaturgia: Cláudia Madeira Cenografia: Herlandson Duarte Figurinista: Miss Suzie Operação de som e video: Jorge Oliveira Interpretação: André Pardal, Ana Lúcia Palminha, Nidia Cardoso Fotografia e vídeo: Vitorino Coragem Design: Sara Kurash Comunicação: José Grilo Direção de Produção: Raquel Matos Produção Executiva: Luis Puto e Rita Soares Produção: Teatro da Garagem Apoio: Câmara Municipal de Lisboa, EGEAC, Junta de Freguesia de Santa Maria Maior Financiamento: Direção-Geral das Artes, Governo de Portugal | Ministério da Cultura Mais informações: 218 854 190 | 924 213 570 producao@teatrodagaragem.com |