Projecto desenvolvido no ICNOVA recebe financiamento de 70 mil euros pelo Fundo Europeu para os Media e Informação para realizar o primeiro grande estudo nacional sobre a aplicação da IA no jornalismo português.
Paulo Nuno Vicente, Investigador Principal deste projeto e coordenador do iNOVA Media Lab, afirmou:
“Terei o privilégio de coordenar uma equipa científica alargada, que alia investigadores de oito universidades. A Universidade Nova de Lisboa, que assume a coordenação científica e operacional, vai trabalhar em estreita parceria com a Universidade Católica Portuguesa, a Universidade Europeia, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, a Universidade do Minho, a Universidade de Coimbra, a Universidade da Beira Interior e a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Brasil).”
Este estudo será desenvolvido com a colaboração ativa de alguns dos principais grupos de media nacionais, entre eles a Agência Lusa, Impresa, Media Capital, Observador, Público, RTP, Renascença Multimédia e TSF – além de diversos media locais e regionais – conta com o apoio da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), entre outras entidades nacionais. O objetivo é compreender de forma aprofundada o impacto da IA nos processos jornalísticos, os desafios éticos e regulamentares que levanta, e as oportunidades que pode trazer para o futuro das redações. O projeto vai igualmente produzir recomendações estratégicas que ajudem o setor mediático português a integrar estas tecnologias de forma responsável e sustentável.
O projecto contará também com um Conselho Consultivo Internacional, composto por seis especialistas de referência de várias instituições internacionais, garantindo que o nosso trabalho se alinha com as melhores práticas globais e contribui para um debate informado e construtivo sobre o futuro do jornalismo e dos media.
Após assinatura do contrato, a execução decorre durante 9 meses com um orçamento de 70.000,00€.
Sobre o Fundo Europeu de Mídia e Informação:
O EMIF (European Media and Information Fund) persegue objetivos de interesse público e fornece subsídios, em uma base competitiva, para pesquisadores, fact-checkers, organizações sem fins lucrativos e outras organizações voltadas para o interesse público que trabalham em pesquisas sobre desinformação e fortalecem a alfabetização midiática e a verificação de fatos.
O Fundo apoia esforços colaborativos para desmascarar a desinformação, ampliar a verificação de fatos independente e habilitar ferramentas de pesquisa e inovação direcionadas, projetadas para fortalecer a resiliência e a resposta dos ecossistemas à desinformação. O financiamento será disponibilizado para organizações sediadas em países europeus, incluindo a UE, a EFTA e o Reino Unido, e cujo foco de atividades seja nos países mencionados.
O Fundo Europeu de Mídia e Informação é estabelecido pelo Instituto Universitário Europeu e pela Fundação Calouste Gulbenkian.
Saiba Mais: https://gulbenkian.pt/emifund/