Cristina Ponte, coordenadora do projecto EU Kids Online, coordenadora do ICNOVA e investigadora especialista na área de impactos das novas tecnologias em crianças e adolescentes, comenta neste artigo do Público sobre as novas ferramentas anunciadas pela Meta que cria “contas adolescentes” e dá mais poder de controlo aos pais na aplicação do Instagram.

Estas novas funcionalidades permitem que todos os utilizadores do Instagram que tenham entre 13 e 17 anos passem a ser automaticamente colocados nas novas “contas adolescentes” que serão geridas e cujas atividades e interações na app serão reportadas aos pais. A medida, segundo o jornal Público, é anunciada pela Meta com o intuito de responder às críticas cada vez mais audíveis sobre os efeitos das redes sociais no bem-estar de crianças e adolescentes.

Ponte considera que as novas medidas constituem “um retrocesso” face ao caminho que vinha sendo seguido. “A Meta lava as mãos da sua responsabilidade de continuar a trabalhar para a protecção de crianças e adolescentes e põe a carga sobre os pais”, critica.

Além disso, não encontra no anúncio do Instagram “uma única linha sobre auto-regulação e auto-responsabilização” dos adolescentes, mas antes o reforço da ideia de que os pais devem ser “cada vez mais vigilantes, cada vez mais controladores”. Cristina Ponte faz notar que a adolescência “é um período decisivo para a construção da personalidade” e que, a partir de agora, “os adolescentes são subalternizados” na forma como lidam com a aplicação.

Leia o artigo na íntegra aqui: https://www.publico.pt/2024/09/20/tecnologia/noticia/instagram-cria-contas-adolescentes-controlo-pais-2104781