Ciclo Performance, Afectos e Media

Ao longo do ano de 2025, este ciclo pretende criar um espaço de discussão informal sobre pesquisas recentes ou em curso que possam entrar em diálogo com práticas artísticas (cénicas em particular). Para tal, cada sessão contará com dois convidados que possam trazer abordagens distintas para reflectir sobre a vaga neoconservadora, populista e autoritária que o mundo atravessa a partir da performance política e artística das emoções.

Primeira sessão: A performance política e artística das emoções

Fevereiro (20 Fevereiro, Torre B, anfiteatro B2, 17h30 FCSH)

Com Alda Magalhães Telles e Ana Pais 

Alda Magalhães Telles e Ana Pais partilham as suas pesquisas sobre a performance das emoções e a sua incorporação (embodiement) nas estratégias e estilos populistas, quer nos discursos políticos quer na representação desses discursos no teatro.

Especificamente, a conversa colocará em confronto a dimensão afetiva da retórica e da mobilização populistas e a manipulação emocional no espectáculo Catarina ou a Beleza de matar fascistas, de Tiago Rodrigues.

Bios

Alda Magalhães Telles é doutorada em Ciências da Comunicação, investigadora no ICNOVA e professora de comunicação estratégica na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Os seus principais interesses de investigação são a comunicação corporativa e interna, comunicação política e comunicação estratégica com especial foco nas redes sociais. Investigadora integrada no grupo de trabalho Comunicação Estratégica e Processos de Tomada de Decisão (CE&PTD) no ICNOVA – Instituto de Investigação da Nova.

Ana Pais é Investigadora Auxiliar (CEEC) no ICNOVA, dramaturgista e curadora. É doutorada em Estudos de Teatro (CET-UL).  É autora dos livros O Discurso da Cumplicidade. Dramaturgias Contemporâneas (Colibri 2004), Ritmos Afectivos nas Artes Performativas (Colibri 2018) e Quem tem medo das emoções? (Performativa 2022). Organizou ainda a antologia Performance na Esfera Pública (2017, Orfeu Negro)