Seminário Permanente Performance & Cognição – Blanca Molina Olmos

O seminário permanente de Performance & Cognição recebe a conferencista Blanca Molina Olmos com a palestra “Uma abordagem à dança contemporânea no circuito artístico espanhol (1993-2022): problemas metodológicos, enquadramentos teóricos e estudos de caso”.

O evento decorre no dia 7 de junho entre as 16h00 e as 18h00, na sala 211 da Torre B da NOVA FCSH, com o comentário de Ana Bigotte Vieira e apresentação de Cláudia Madeira, professora associada e vice-coordenadora do grupo Performance e Cognição do ICNOVA NOVA FCSH.

Blanca Molina Olmos é Licenciada em História da Arte (UM, 2019) e Mestre em História da Arte Contemporânea e Cultura Visual (UAM, UCM e Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofía, 2020). Atualmente é investigadora de doutoramento contratada no Departamento de História e Teoria da Arte da Universidade Autónoma de Madrid, onde desenvolve uma tese sobre a institucionalização, curadoria e recepção da dança contemporânea em museus e centros de arte Espanhóis. 

Ana Bigotte Vieira (1980, Lisboa) é Co-IR do projeto FCT Archiving Theatre e investigadora integrada do Instituto de História Contemporânea. Publicou Uma Curadoria da Falta. O serviço ACARTE da Fundação Calouste Gulbenkian 1984-1989, a partir da sua investigação de doutoramento (Menção Honrosa Prémio Mário Soares 2016). Entre 2018 e 2023 fez parte da equipa de programação do Teatro do Bairro Alto. Juntamente com João dos Santos Martins iniciou o projeto Para Uma Timeline a Haver: genealogias da Dança como Prática Artística em Portugal de que dança não dança – arqueologias da Nova Dança em Portugal é a VII edição de que Dança Não Dança é a VII edição.


Sinopse do seminário:
Desde o início do século, a dança contemporânea ganhou lugar em museus, galerias e eventos artísticos de todo o mundo. As propostas coreográficas e performáticas têm gerado grande atenção de públicos, instituições e especialistas e parecem caracterizar uma tendência cultural que supera o campo da arte contemporânea. Tudo isto se traduziu numa vasta produção de artigos e propostas expositivas que refletem sobre o papel que a dança adquire na sua relação com o cubo branco. Estas investigações vêm destacando o caso espanhol, nomeadamente o trabalho de coreógrafos como La Ribot ou exposições como a Retrospectiva de Xavier Le Roy (Fundació Antoni Tàpies, 2012) são regularmente abordados. No entanto, raramente têm em conta o contexto cultural e o sistema de apoio institucional e económico à dança em que estas iniciativas ocorrem. 
Procuraremos abordar neste seminário questões como: que mutações na conceptualização e na dinâmica de trabalho das instituições espanholas podem ser detectadas nos últimos anos? Como se adaptaram os criadores e curadores aos quadros discursivos derivados da denominada “viragem coreográfica”? Como é que as experiências dos seus públicos foram modificadas pelos corpos dançantes que povoam os museus?